🎤 Edson Café, ex-integrante do lendário grupo Raça Negra, nos deixou no último domingo (1º/06), aos 69 anos, em São Paulo. Mas o que choca mesmo é o fim triste dessa história: o músico quase foi enterrado como indigente, sem documentos e sem reconhecimento imediato.
Quem foi Edson Café?
Se você curte um pagodinho raiz, com certeza já ouviu os acordes e batidas que carregam a identidade de Edson Café. Ele fez parte da formação original do Raça Negra, grupo que explodiu nos anos 1990 com clássicos que ainda tocam em qualquer roda de samba, boteco ou churrasco.
Infelizmente, nos últimos anos, Café enfrentava uma luta pesada contra a dependência química e vivia em situação de rua entre o Rio de Janeiro e São Paulo.
O que aconteceu?
Segundo o boletim de ocorrência, Edson foi encontrado desacordado em uma rua da zona leste de São Paulo, levado para a UPA do Carrão, onde sofreu um infarto, foi entubado e acabou transferido para o Hospital Municipal do Tatuapé, onde faleceu.
Sem documentos, o corpo foi parar no IML como não identificado. Só não foi enterrado como indigente porque uma mulher desconhecida o reconheceu e avisou os amigos. Logo depois, seus filhos, Junior e Fábio, fizeram o reconhecimento oficial.
Uma trajetória marcada por talento e superação
Apesar das dificuldades, Café teve momentos de acolhimento. A amiga Xênia Alves chegou a dar abrigo a ele em Cotia (SP), mas, há cerca de três anos, ele optou por sair e passou a viver nas ruas — entre a Favela 3 Coco, em Itaquera, e a Praça Sampaio Vidal, na Vila Formosa.
Mesmo longe dos palcos, ele seguia tentando sobreviver como podia, trabalhando como guardador de carros.
Um nome que marcou a música brasileira
Edson Café fez parte de uma geração que ajudou a popularizar o samba e o pagode em todo o país. Seu talento e sua contribuição para o Raça Negra são inegáveis, e sua história merece ser lembrada com o respeito que ele conquistou.
🎶 Que descanse em paz, Café. Que sua batida continue ecoando onde houver amor pela música.