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Na efervescente cena musical de Manchester, Inglaterra, em 1982, nasceu uma das bandas mais cultuadas da história: The Smiths. Com apenas cinco anos de carreira, o grupo britânico influenciou profundamente o rock alternativo, o indie e a música pop como um todo. Letras existencialistas, melodias marcantes e uma estética melancólica fizeram da banda um verdadeiro símbolo de autenticidade artística.
Quem Eram os The Smiths?
🧠 Morrissey (Steven Patrick Morrissey) – Vocal e Letras
Frontman da banda, Morrissey é conhecido por sua figura introspectiva, intelectualmente provocadora e por seu estilo vocal único. Suas letras abordam temas como isolamento, sexualidade ambígua, amor platônico, morte e crítica social.
Curiosidade: Morrissey é obcecado por ícones do cinema clássico e literatura inglesa, além de ser um ativista fervoroso dos direitos dos animais.
🎸 Johnny Marr (John Maher) – Guitarra e Composição
O gênio por trás das guitarras cintilantes e harmônicas dos Smiths. Marr criou riffs e arranjos que revolucionaram o rock alternativo. Ele equilibrava a melancolia lírica de Morrissey com melodias alegres e viciantes.
Curiosidade: Marr começou a tocar guitarra aos 13 anos e cita influências como Nile Rodgers e T. Rex.
🎼 Andy Rourke – Baixo
Andy Rourke trouxe uma linha de baixo sofisticada, com influências do funk, soul e música clássica. Sua musicalidade é muitas vezes subestimada, mas é essencial para o som dos Smiths.
Curiosidade: Andy foi amigo de infância de Marr e chegou a ser demitido brevemente por problemas com drogas — mas logo foi reintegrado.
🥁 Mike Joyce – Bateria
Responsável pela base sólida e energética da banda, Mike manteve o ritmo com simplicidade e eficácia.
Curiosidade: Após o fim da banda, Joyce processou Morrissey e Marr por royalties — e ganhou na justiça, aumentando o racha entre os ex-integrantes.
Estilo Musical Único
A sonoridade dos Smiths uniu:
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Rock alternativo
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Pós-punk
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Jangle pop
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Folk britânico
Combinando letras dramáticas com arranjos encantadores, a banda criou um estilo ao mesmo tempo melancólico e dançante — uma dualidade que conquistou jovens desajustados ao redor do mundo.
Discografia Essencial
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The Smiths (1984)
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Faixas icônicas: "This Charming Man", "Still Ill", "Hand in Glove"
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Meat Is Murder (1985)
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Uma obra politizada, com temas como abuso escolar e vegetarianismo.
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Destaques: "The Headmaster Ritual", "Barbarism Begins at Home"
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The Queen Is Dead (1986)
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Considerado o ápice criativo da banda.
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Clássicos: "There Is a Light That Never Goes Out", "I Know It's Over", "Cemetry Gates"
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Strangeways, Here We Come (1987)
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Último álbum, lançado após o fim do grupo.
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Faixas marcantes: "Last Night I Dreamt That Somebody Loved Me", "Stop Me If You Think You've Heard This One Before"
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Fim da Banda e Pós-Carreira
A tensão entre Morrissey e Marr foi crescendo até explodir em 1987. Divergências artísticas e pessoais tornaram a convivência insustentável.
Após a separação:
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Morrissey iniciou uma carreira solo de sucesso, lançando álbuns aclamados como "Viva Hate" e "You Are the Quarry".
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Marr colaborou com The The, Modest Mouse, Electronic (com Bernard Sumner, do New Order), e também lançou discos solo.
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Rourke e Joyce trabalharam em projetos paralelos, mas sem o mesmo destaque.
🧠 Curiosidades Que Você Provavelmente Não Sabia
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Morrissey se recusava a cantar com playback em programas de TV, o que criou atritos com a mídia.
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“How Soon Is Now?”, um dos maiores hinos da banda, foi originalmente lançada como lado B.
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O nome “The Smiths” foi escolhido por Morrissey como uma forma de representar pessoas comuns — em contraste com nomes de bandas extravagantes da época.
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A banda nunca se apresentou no Brasil, mas seu legado é fortemente sentido por músicos e fãs brasileiros.
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Os Smiths recusaram diversos convites milionários para uma reunião, inclusive um de 75 milhões de dólares nos anos 2000.
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A música “Please, Please, Please, Let Me Get What I Want” virou trilha de filmes e comerciais, mesmo com menos de 2 minutos de duração.
Legado dos Smiths
Mesmo com uma discografia enxuta, os Smiths mudaram o curso do rock alternativo. Seu legado pode ser sentido em bandas como:
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Radiohead
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Oasis
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Arctic Monkeys
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The Strokes
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Interpol
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Florence + The Machine
Além disso, são considerados pilares do indie britânico e da música alternativa como um todo.